Arquivo mensal: março 2013
Golpe de 1964: Ranieri Mazzilli, o político Modess
L. A. Pandini em seu blog
Creio que a maioria absoluta dos brasileiros simplesmente desconhece o rosto ao lado. Mas quem acompanhou política na década de 1960 tem grandes possibilidades de se lembrar dele. Este senhor chamava-se Pascoal Ranieri Mazzilli. Paulista de Caconde, deputado federal pelo PSD, foi presidente da Câmara dos Deputados entre 1958 e 1965 e assumiu por duas vezes a presidência da República.
Seu primeiro mandato começou com a renúncia do presidente Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961. Ranieri Mazzilli assumiu a Presidência interina porque o vice-presidente, João Goulart, havia viajado para a China em missão oficial.
Aqui, cabe um parênteses. A Constituição que vigorou entre 1946 e 1964 previa eleições diretas para presidente e vice-presidente da República, separadamente. Curiosamente, proibia a reeleição do presidente em mandatos consecutivos, mas não fazia restrição ao vice. Jango, do PTB (nada a ver com o PTB de hoje)…
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Candelária – Rio de Janeiro
Olá , amigos que seguem e sempre estão por dentro do meu blog !
Foto feita por mim dono do Blog .
– Ficha técnica :
Câmera : Canon EOS Digital .
Distância Focal: 28mm .
ISO : 400 .
Tempo de exposição : 1/400s .
Abertura : f/10 .
Dia Nublado por conta disso céu não ficou tão bonito quanto poderia ter ficado !
Central Park Vertigo: The Most Amazing Picture of Central Park. Ever.
Um, how cool is this? Thanks to my awesome sister-in-law for sending this picture to me! (Follow this link to read more about it.)
- Have a favorite picture of Central Park or wherever you love to run? Share it here!
LIGHT “JANNE” PAINTING: E FAZ-SE LUZ
Antes de vos propor uma experiência resplandecente, permitam-me que vos apresente Janne Parviainen, mais conhecido como Jannepaint, um brilhante pintor e fotógrafo finlandês cuja técnica pessoal reflete a centralização da vida no urbano e na tecnologia. Janne utiliza paisagens naturais e ambientes urbanos como telas tridimensionais para as suas pinturas, transformando a bela rudeza intrínseca das ruínas de uma casa em cenários encantadores. Pinta ora esqueletos luminosos ora monstros de luz, ambos ora em cenários comuns ora em cenários improváveis. As suas fotografias são mantidas o mais naturais possível, sem pós-produção ou efeitos digitais, transparência que preserva o feitiço da técnica. Jannepaint trabalha o simbólico e ressuscita imaginários. Embebe a realidade de saturações pictóricas, quase palpáveis.
::: Maria Rita – Como os Nossos Pais
O Papa Francisco inaugura o novo milênio para a Igreja?
O primeiro milênio do Cristianismo foi marcado pelo paradigma da comunidade. As igrejas possuíam relativa autonomia com seus ritos próprios: a ortodoxa, a copta, a ambrosiana de Milão, a moçárabe da Espanha e outras. Veneravam seus próprios mártires e confessores e tinham suas teologias como se vê na florescente cristandade do norte da África com Santo Agostinho, São Cipriano e o leigo teólogo Tertuliano. Elas se reconheciam mutuamente e, embora em Roma já se esboçasse uma visão mais jurídica, predominava a presidência na caridade.
O segundo milênio foi caracterizado pelo paradigma da Igreja como sociedade perfeita e hierarquizada: uma monarquia absolutista centrada na figura do Papa como suprema cabeça (cefalização), dotado de poderes ilimitados e, por fim, infalível quando se declara como tal em assuntos de fé e moral. Criou-se o Estado Pontifício, com exército, com sistema financeiro e legislação que incluía a pena de morte. Criou-se um corpo de…
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Marco Feliciano diz que direitos das mulheres atingem a família!
by literatortura|March 21, 2013
Por Gustavo Magnani,
Marcos Feliciano e Silas Malafaia se alternam pra chamar atenção da população de uma maneira caluniosa para com a comunidade feminina, LGBT e, também, evangélica. Lá vamos nós, senhores:
As críticas do atual presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, Marco Feliciano (PSC-SP), avançam também em outra direção: o direito das mulheres. Em entrevista para o livro “Religiões e política; uma análise da atuação dos parlamentares evangélicos sobre direitos das mulheres e LGBTs no Brasil”, ao qual O GLOBO teve acesso, o deputado critica as reivindicações do movimento feminista e afirma ser contra as suas lutas porque elas podem conduzir a uma sociedade predominantemente homossexual.
“Quando você estimula uma mulher a ter os mesmos direitos do homem, ela querendo trabalhar, a sua parcela como mãe começa a ficar anulada, e, para que ela não seja mãe, só há uma maneira que se conhece: ou ela não se casa, ou mantém um casamento, um relacionamento com uma pessoa do mesmo sexo, e que vão gozar dos prazeres de uma união e não vão ter filhos. Eu vejo de uma maneira sutil atingir a família; quando você estimula as pessoas a liberarem os seus instintos e conviverem com pessoas do mesmo sexo, você destrói a família, cria-se uma sociedade onde só tem homossexuais, você vê que essa sociedade tende a desaparecer porque ela não gera filhos”, diz ele na página 155, em declaração dada em junho de 2012. [retirado de oglobo]
As falas de Marcos Feliciano, infelizmente, retratam a visão de boa parte dos líderes das igrejas evangélicas. Basta uma procura rápida no youtube sobre congressos femininos da religião, que você verá o quão submissas essas mulheres se mostram. É claro que, precisamos compreender, se elas estão felizes e bem assim, é direito delas. Você, eu, o Femen, pode não gostar, mas se elas gostam, sem problemas. Que sejam felizes.
Algumas pessoas podem dizer que isso é imposto pela sociedade em que elas vivem. E, sim, é verdade. Do mesmo jeito que a sociedade em que “nós” vivemos, nos impõe valores diferentes que, para nós, são óbvios, naturais e, quando violados são um absurdo. O modo de vida delas não é o modo de vida que eu desejo pra minha namorada, pra minha filha, nem pra minha mãe. Mas, é delas e eu respeito. Ótimo. Por que escrever sobre isso? Porque muitas vezes nós percebemos a prisão dos outros, mas achamos que a nossa é menos apertada [se for, ótimo, mas…]
Paulo Victor Lopes Leite, pesquisador do Instituto de Estudos da Religião e um dos autores do livro mencionado pela globo, diz que a posição de Feliciano não é única:
“Constatamos que os parlamentares evangélicos trabalham com a ideia de pânico moral, que se manifesta sempre que qualquer atitude ou comportamento se mostra diferente do conceito de família patriarcal, com pai, mãe e filhos. É a ideia de pânico moral que faz com que rejeitem qualquer transformação natural da sociedade, como o casamento igualitário e a necessidade de se discutir a legalização do aborto” [retirado de oglobo]
Muita coisa já foi dita sobre o pastor. Desde colocações cuidadosas à difamações. Assim, muitos de seus fiéis saiem em defesa questionando por que diabos as pessoas não respeitam os evangélicos. Primeiro que eu não gosto de colocar todos os evangélicos no mesmo saco, pois conheço pessoas dessa religião que são fantásticas, excepcionais. Por isso, usarei aspas. Os “evangélicos” acabam não entendendo que a visão de seu “líder/pregador” é muito mais ofensiva do que um simples “filha da puta, gay enrustido, filho do demônio” e outras coisas que já li por aí.
Marcos Feliciano não é ofendido por ser evangélico, é ofendido por querer disseminar sua visão patriarcal e ultrapassada para o resto da sociedade, qualificando pessoas e doenças de maneira bestial, tanto nos meios científicos, quanto espirituais, quanto sociais. AIDS = câncer gay? Mulher trabalhadora = “fim da família”?
Pelo que me recordo, a bíblia prega, sim, a submissão feminina, mas, em termos poucas vezes explicitados – por favor, não é uma defesa ao livro cristão -, é uma observação de alguém que já leu toda a obra. Ela fala do respeito, da paixão, do cuidado e de outras coisas mais, que o marido deveria ter para com sua mulher. É algo ultrapassado? Para um trecho de mais de 3.000 anos? Eu acho que não. O problema é o que os leitores fazem com a respectiva mensagem nos dias de hoje.
Enfim, para o gosto ou desgosto de Feliciano, as mulheres têm vencido e aparecido cada vez mais, na família, na empresa, na política, na arte, em todos os âmbitos da sociedade. E que tanto elas, que são o ataque principal da última mensagem, quanto os gays – alvo permanente e imutável -, adquiram seus direitos. O que devemos fazer – creio eu – é refutar e lutar, com coerência e cuidado, para não permitir que tal visão de mundo se alastre para um âmbito político, criando uma certa ditadura implítica da “boa moral e dos bons costumes”.
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Gustavo Magnani, estudante de Letras da UFPR, proprietário do literatortura. Está revisando o primeiro livro, mas sente dificuldades hercúleas para escrever uma bio. [e, como pode-se notar, adora metalinguagem]
40% dos professores afastados por saúde têm depressão, aponta estudo
by literatortura|March 22, 2013
Por Débora Aguillar,
Uma pesquisa feita pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do estado de São Paulo revelou que 40% dos professores afastados por problemas de saúde tiveram problemas psiquiátricos, sendo eles, a maioria, por depressão e ansiedade. Não é novidade nenhuma que a profissão de mestre e docente é bastante desvalorizada, principalmente pelo excesso de trabalho e falta de respeito dentro das salas de aula.
O salário é “mínimo” e as boas oportunidades, absurdamente escassas. Nos últimos anos, a dificuldade em tirar dúvidas, pôr ordem na sala, lidar com problemas vocais, pessoais e profissionais, aumentaram a possibilidade para o desânimo e o desespero.
De acordo com o G1(S. Carlos e Araraquara), a professora Elaine Cristina Molina Gil teve sua vida revirada de cabeça para baixo há três anos, depois que entrou em depressão por conta das aulas que lecionava em escolas públicas por 22 anos. Elaine tomava oito remédios por dia, alguns deles tarja preta. Ela, como qualquer ser humano normal, não resistiu a pressão.
A professora tirou 12 licenças médicas e ficou quase um ano afastada do trabalho· “O pouco interesse, a bagunça, a conversa, o desrespeito. E quando você chama o pai ele diz que não pode fazer nada. Eu comecei a sentir uma angústia e me perguntei o que estou fazendo aqui?”, desabafa ao G1.
O estudo revelou ainda que 59% dos professores com depressão não tem acompanhamento médico, o que é extremamente perigoso, pois, mesmo a depressão sendo muito comum nos dias de hoje, ela não é algo simples, é envolto a pensamentos e ações que em uma bola de neve podem se agravar. Sem cuidados médicos, a melhora do paciente torna-se muito mais difícil. Até porque o excesso de trabalho, muitas vezes, prejudica o profissional a buscar ajuda.
“A maioria dos professores tem dupla ou tripla jornada de trabalho, muitas vezes ultrapassando 11 horas de trabalho com aluno e isso certamente não é recomendável “ afirmou Ariovaldo de Camargo, diretor da Apeoesp em Araraquara(SP).
Por mês, o psiquiatra Marcos Nogueira, atende, em média, três professores na rede estadual. Todos são muito parecidos “A falta de respeito, a falta de educação e violência por parte dos alunos” comenta Nogueira.
Na maioria dos casos, os docentes precisam ser afastados do trabalho e muitos tendem a ter dificuldades para retornar a sala de aula.
“ Se não fizer direito o tratamento e não fizer uma terapia de apoio para suportar a situação, recai a doença”. Reforçou Nogueira.
Aliás, recentemente tem se noticiado muito sobre a falta de professores em disciplinas básicas como Biologia, química, geografia etc. Pessoas que, apesar de buscarem a profissão de professor, ficam receosas pelo salário baixo, estrutura precária e, inclusive, grande risco de maus tratos dentro da sala de aula.
É interessante ver que algumas matérias que saem na “Grande Mídia” parecem culpar os estudantes da área por isso. Como se todos tivessem de abrir mão de uma trabalho, na maioria das vezes, mais recompensador, financeiramente falando, e menos estressante, para suprir uma falha da política brasileira.
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Débora Aguilar SilveiraDébora Aguilar, 18 anos, estudante de jornalismo, poetisa e escritora. Viciada em leitura desde os 11 anos de idade, tem como livro favorito a saga Harry Potter. Apesar disso, a maior inspiração é Clarice Lispector. Rockeira que quer fazer jornalismo literário e, quem sabe um dia, ser editora chefe de um grande jornal.
Papa Francisco lê e recomenda os livros de J.R.R.Tolkien
by literatortura|March 23, 2013
Por Gustavo Magnani,
Foi o novo papa assumir e várias coisas de sua vida passaram a ser divulgadas e investigadas. O blog italiano Inoltre afirmou que Francisco I não só leu a obra de Tolkien, como a recomenda fortemente. Borges e Dostoiévski são outros escritores admirados pelo argentino. Mas, o criador de Senhor dos Anéis é tão notável que já foi utilizado em um sermão na homillia de uma missa pascal, no ano de 2008:
“Na literatura contemporanea Tolkien retrata em Bilbo e Frodo a imagem do homem que é chamado a caminhar e seus heróis conhecer e aplicar, apenas andando, o drama da escolha “entre o bem e o mal”. Mas é uma luta, acrescenta ele, em que não falta a dimensão do “conforto e da esperança” . “O homem no caminho – explica – tem dentro de si a dimensão da esperança: aprofunda-se na esperança. Em toda a mitologia e nessa história ressoa o eco do fato de que o homem é um ser ainda cansado, mas é chamado ao caminho, e se não entrar nesta dimensão desaparece como pessoa e se corrompe”.
Não é novidade para ninguém o viés religioso que a obra de Tolkien contém. Tanto é que em 2003, o “L’Osservatore Romano”, jornal do vaticano, indicou os livros e disse que eles são de uma “inspiração católica”. Destacava o jornal: “(o mundoo de tolkien) como uma projeção do mundo real, onde os homens são agitados por paixões, impulsionado por sentimentos, escravos do egoísmo, mas aberto aos valores de amizade, amor generosidade, lealdade – mais forte do que a vontade de poder que assola a humanidade.“
Vejam bem, ninguém está tentando reduzir o incrível universo tolkiano a uma pregação religiosa. O escritor criou um universo riquíssimo em detalhes, que encanta milhões de leitores até hoje e que, logicamente, também possui influências de outras culturas e religiões – até porque o catolicismo também é assim. Isso não aumenta, nem diminui a grandiosidade dos livros, apenas serve como curiosidade e análise das alegorias utilizadas. Tolkien, inclusive, é “famoso” por ter convertido o amigo e também escritor de fantasia, C.S Lewis, que era ateu.
O autor tem uma origem muito ligada ao catolicismo, pois foi criado pelo Padre Francis Morgan, assim que sua mãe faleceu. Notável saber que ele chegou até a traduzir o livro de Jonas – direto da língua original – para o inglês. A tradução fez parte da Bíblia de Jerusalém em 1996. Aliás, John Tolkien, filho mais velho do escritor, tornou-se padre na Inglaterra. Sobre a obra do pai, ele declarou:
“O Senhor dos Anéis obviamente é uma obra fundamentalmente religiosa e católica; inconscientemente no início, mas conscientemente na revisão. E por isso que não introduzi, ou suprimi, praticamente todas as referências a qualquer coisa como “religião”, a cultos ou práticas, no mundo imaginário. Pois o elemento religioso é absorvido na história e no simbolismo. Contudo, está expresso de modo muito desajeitado e soa mais presunçoso do que percebo. Pois, na realidade, planejei muito pouco conscientemente; e devo mormente ser gratopor ter sido criado (desde que eu tinha oito anos) em uma Fé que me nutriu e ensinou todo o pouco que sei; e isso devo à minha mãe, que se apegou à sua religião e morreu jovem, em grande parte devido às dificuldades da pobreza resultante de tal ato”.(Carta 142, 02 de dezembro de 1954, As Cartas de J.R.R.Tolkien, ed. arteeletra, curitiba, 2006).
O site Tolkien Brasil ainda citou o Padre Paulo Ricardo, famoso para boa parte dos leitores do mundo de Senhor dos Anéis, pois ele já abordou várias vezes em vídeos e sermões. Caso queira conferir, os videos estão disponibilizados abaixo.
Para finalizar, o papa Francisco vem se mostrando uma figura bastante carismática e, fatos como esse, mesmo que indiretamente, mexem com a reputação do bispo de Roma. Não posso deixar de citar as declarações relacionadas ao suposto apoio [ou indiferença] que o pontíficie tratou a ditadura na Argentina. Alguns dizem que ele apoiou, outros que lutou contra. Por hora, prefiro não me manifestar sobre e esperar as coisas tornarem-se um pouco mais palpáveis. Por hora, sigamos o conselho papal e vamos conhecer ainda mais a obra do gênio que foi Tolkien!