Nada ocorre por mero acaso.
Há alguns anos, quando ainda estudava arquitectura, escrevi um texto dedicado àquilo que designei ‘memória sensitiva do lugar’. Basicamente tratava de demonstrar, citando o acto ocorrido no ano anterior, do impacto que um determinado momento histórico – no caso o 11 de Setembro – marcaram não só o espaço em que tal evento ocorreu, como a memória de todos aqueles que o assistiram em determinado local, guardando em si de forma permanente esse registo.
A verdade foi tão sintomática que a memória sensitiva dessa ocorrência permaneceu num só lugar. Em 2001 e até hoje foi Nova Iorque, Ground Zero, no Remembrance feito e evidenciado por tudo aquilo que se reconstruiu em solene homenagem, na ausência respeitosa de algo que a memória guardou sem querer – nem dever – poder nunca apagar.
Hoje, e porque nada deveras ocorre por mero acaso, lembrei-me desse curto…
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