Pé de meia sempre vazio. Vazios os armários Seus mistérios desmentidos. Fechaduras arrebentadas, arrancadas. Velhas gavetas de antigas mesas de austeras salas vazias. Os lavrados que guardavam, vendidos, empenhados, sem retorno. As velhas gavetas guardam sempre um refugo de coisas que se agarram às casas velhas e acabam mesmo nos monturos. As velhas gavetas têm […]
Fonte: Moinho do tempo – Cora Coralina – Revista Prosa Verso e Arte