Lançamento da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos

 
Dia 20/03/2013: Lançamento da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos

Nilmário Miranda

Será lançada na próxima quarta-feira, dia 20, a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos. Após a indicação de Marco Feliciano (PSC) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), parlamentares envolvidos com a defesa dos direitos humanos e minorias decidiram criar um novo fórum para a discussão do tema. A nova frente atuará de forma articulada com os movimentos sociais e a sociedade civil organizada em todos os espaços de negociação e decisão na Câmara dos Deputados. O objetivo é contribuir para o pleno exercício dos direitos de todos e manter a prática que vinha sendo implementada por meio da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, de acolher todos os setores da população que demandem a ação da Casa na defesa de seus direitos humanos e de cidadania. Estes objetivos serão buscados de maneira suprapartidária.

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Wagner Moura diz que é de “cortar o coração” a eleição do pastor Marcos Feliciano

Wagner Moura diz que é de “cortar o coração” a eleição do pastor Marcos Feliciano

Wagner Moura durante o programa “Estúdio I”, da Globo News (Foto: Reprodução/Globo News)
Wagner Moura durante o programa “Estúdio I” (Foto: Reprodução/Globo News)

O ator Wagner Moura desabafou sobre a eleição do pastor Marco Feliciano para a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, em Brasília. Durante o programa “Estúdio I”, da Globo News ele criticou a escolha do deputado-pastor e disse:

“Levar o legislativo ao descrédito público ao eleger um sujeito daquele que é notadamente homofóbico e racista é de cortar o coração. É fazer isso e dizer que não se importa com o que o povo está pensando”.

Wagner se disse indignado com a falta de “vergonha na cara” dos deputados em acharem que a população não estaria de olho no que eles estão fazendo.

Ato de repúdio a Marco Feliciano ocorre neste sábado em Natal

 
Da assessoria do evento
 

Milhares de cidadãos brasileiros, organizações religiosas e civis voltam a se mobilizar em 22 cidades neste sábado, dia 16 de março, para destronar o deputado federal e pastor Marco Feliciano da presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, acusado de estelionato pela Justiça e de proferir palavras de ódio em cultos evangélicos e no Congresso Nacional. 
Após os primeiros protestos, que reuniram milhares de pessoas em dezenas de cidades brasileiras, no último final de semana, o Partido Social Cristão (PSC) se reuniu na última terça-feira, 13, e, sem dar ouvidos à voz da população brasileira, decidiu pela permanência do pastor no cargo. 
A postura considerada intolerante e ditatorial do partido, aliada a depoimentos escandalosos de Feliciano, que somam mais de 132.623 citações racistas e preconceituosas, causaram mais indignação. Dezenas de cartas de repúdio da sociedade civil, conselhos católicos, evangélicos e de movimentos negros foram enviados à comissão, mas não foram levadas em conta pelo PSC.
As mobilizações pelas redes sociais prometem para este sábado, dia 16, mais protestos pedindo a saída do pastor e exigindo proporcionalidade de cadeiras dentro da comissão, predominantemente formada pela bancada evangélica. O dirigente que deve assumir a comissão, para os manifestantes, deve ter histórico de batalha pelos direitos humanos, deve respeitar o estado laico, sem impor sobre seu ofício os próprios princípios religiosos. 
Confusão e tumulto – Na primeira reunião da CDHM da Cãmara Federal com o pastor à frente da comissão, no último dia 13, quarta-feira, o cenário foi de tumulto e troca de ofensas. Mesmo sem quórum suficiente para abrir a reunião, o deputado Feliciano quebrou o regimento e impediu a deputada erica Kokay (PT-DF) de de falar na sessão. Em seu twitter, o deputado federal Jean Wyllys postou: “Deputados do PSC agridem moralmente a deputada Erika Kokay na Com. Dir. Humanos, que tem seu direito de resposta proibido por @marcofeliciano”. 
O pastor e deputado Marco Feliciano foi eleito no dia 07 deste mês, no Congresso Nacional, em Brasília, com 11 votos de 12 deputados participantes da Comissão, em uma sessão marcada pela proibição da entrada de militantes e representantes da sociedade civil.

Racismo e intolerância 

Algumas das frases mais escandalosas ditas por Feliciano: ”africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato. O motivo da maldição é a polêmica”. 
Em outro momento, dispara: “sobre o continente africano repousa a maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças de lá: ebola, AIDSs, fome… etc”. 
Em um terceiro depoimento, fala também de homossexualidade: “a Aids é um câncer gay. Homossexuais são âncoras do diabo”.
Diversas petições on-line correm na rede com assinaturas que pedem a saída de Feliciano do cargo e, juntas, acumulam mais de 600 mil assinaturas. 

Consulte local e horário dos protestos em cada cidade através do evento do Facebook:

https://www.facebook.com/events/479413378775309/

Presidente da Câmara fala que vai atuar no caso Feliciano

Deputados e representantes de movimentos sociais se reuniram com o presidente da Câmara na quarta-feira, 13

Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN)Representantes de movimentos sociais e deputados como Érika Kokay (PT-DF), Iara Bernardi (PT-SP) e Jean Wyllys (PSOL-RJ) se reuniram com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), na quarta-feira, 13, para falar sobre a nova configuração do Conselho de Direitos Humanos e Minorais (CDHM), presidido pelo homofóbico Marco Feliciano (PSC-SP).

Aos questionamentos sobre a proporcionalidade na composição do colegiado e às queixas sobre a primeira sessão do CDHM comandada por Feliciano, Alves teria mostrado preocupação e declarou que está buscando uma solução pacífica que garanta o funcionamento da comissão.

encontro com o Presidente da Camara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN)Na quinta-feira 14, houve reunião do Henrique Alves e Feliciano. O presidente da Câmara não pediu a saída de Feliciano, mas disse que vai continuar a acompanhar o caso. Para a imprensa, quis mostrar-se preocupado. “Essa Casa precisa de equilíbrio, moderação e responsabilidade. É a imagem da Casa que está em jogo. Todos têm que colaborar para que o clima seja amenizado”, disse ao O Globo referindo tanto ao PSC quanto aos deputados que criticam Feliciano.

fonte: ParouTudo

Pastor MF, do PSC, quer ser presidente da República

 

 

O presidente da Câmara, Henrique Alves, conversou com o pastor Feliciano (D) e disse que o bate-boca de quarta-feira foi lamentável

Adriana Caitano*

Alçado à fama depois de assumir o comando da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara (CDHM) sob acusação de ser racista e homofóbico, o deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) já capitaliza o episódio a seu favor  e ganha força para disputar, dentro do partido dele, a vaga de candidato à Presidência da República em 2014. O parlamentar divulgou, no ano passado, que tinha essa pretensão política, mas que não obteve apoio do PSC. Agora, já coleciona apoio e, nos bastidores, comemora o momento, que o fortalece diante do eleitorado conservador.

Em novembro do ano passado, Feliciano publicou no Twitter que pretendia pleitear a candidatura presidencial. “O PSC discute a possibilidade de ter, em 2014, candidato a presidente da República. Eu disse que sou a favor e me coloquei à disposição do partido”, disse. Na época, o vice-presidente da legenda, pastor Everaldo Dias Pereira, foi apontado como possível escolhido para a disputa. Desde então, ele roda o país em romaria para ampliar a capilaridade da sigla. Nas últimas semanas, Everaldo foi visto aplaudindo a confusão provocada por manifestantes contrários a Feliciano. “Falem mal, mas falem de nós”, teria dito. Em seu blog, saiu em defesa do deputado: “Nossas escolhas são feitas após relevantes debates internos. No PSC ninguém decide por nós coisa alguma no grito”.

A comemoração de Everaldo, porém, pode virar-se contra ele. Fontes ligadas a Feliciano admitem que ele está cada vez mais motivado a aproveitar a euforia em torno de seu nome para garantir no mínimo o dobro de votos para reeleger-se deputado. “Para ele, tudo isso é bom porque ele representa um nicho que apoia essas posições extremadas e tem recebido todo o apoio dessas pessoas”, comenta um integrante do PSC. Se a visibilidade do pastor durar até o fim do ano, ele chegará à convenção nacional do partido com o nome mais fortalecido que o do  vice-presidente da legenda, avaliam interlocutores.

Outro grupo do PSC, porém, preocupa-se com as consequências negativas do chamado “fator Feliciano”. “Espero que a população saiba dissociar, porque há também, no partido, evangélicos que não concordam com ele, católicos e até espíritas, e o impacto pode ser bom para uns e ruim para outros”, avalia um parlamentar da sigla. O deputado Sílvio Costa (PTB-PE) critica a politização do tema. “Se estabeleceu um jogo eleitoral na CDHM; é um grande teatro em que os dois lados querem agradar a seus públicos e devem dobrar o número de votos”, reclama.

Ao ser cobrada uma ação incisiva no impasse, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), reuniu-se separadamente com Feliciano, com o líder do PSC, André Moura (SE), e com parlamentares contrários à permanência do pastor na CDHM. “As cenas (de briga na comissão) são lamentáveis. Pedi a ambos os grupos um comportamento de equilíbrio, moderação e responsabilidade, porque esse radicalismo não está compatível com o que a Casa tem o dever de apresentar à sociedade brasileira”, comentou Henrique.

Ainda nessa quinta-feira, no plenário da Câmara, críticos de Feliciano chamaram a atenção para um vídeo que circula na internet em que o pastor faz críticas ao Congresso e ao governo. “Me apavora chegar a Brasília toda terça-feira, entrar na Câmara dos Deputados e saber como o diabo está infiltrado no governo brasileiro. Satanás levantou seu ativismo neste país”, disse o deputado, em um culto evangélico. O deputado Chico Alencar (PSol-RJ) rebateu a fala do pastor. “Qualquer um pode desenvolver sua atividade pastoral num outro plano. Agora, dizer tudo isso é muito primário, rebaixado, medieval, e é claramente um ataque à ética e ao decoro parlamentar”, criticou.

*(Colaborou Juliana Colares)

http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2013/03/15/interna_politica,357411/pastor-marco-feliciano-quer-ser-presidente-da-republica.shtml#.UUL-LPxeLL0.gmail

Enviada por José Carlos para Combate ao Racismo Ambiental.

 
 

André Moura tenta evitar rejeição por defender Feliciano

 

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: Para não ficar com a imagem arranhada, diante da polêmica eleição de Marco Feliciano para presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minoria (CDHM), o parlamentar tem reafirmado sua defesa e respeito aos grupos de minorias, principalmente, os gays, lésbicas, transexuais e travestis; na tarde da última quinta-feira (15), André recebeu, em Aracaju, representantes da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLTT), Tatiane Araújo, Rogério Fernandes e Edinalva Monteiro, para discutir o tema; ela entregou ao líder do PSC na Câmara um documento de reivindicações, que deverá chegar à CDHM, que pede o cancelamento da sessão, na qual Feliciano foi eleito 

Há 4 estratégias para inviabilizar presidência de Marco Feliciano

do Com Texto Livre de zcarlos ferreira
 
 
Destituição e pressão para renúncia são dois dos caminhos a serem adotados pela sociedade e por deputados
Destituição e pressão para renúncia são dois dos caminhos a serem adotados pela sociedade e por deputados

A cruzada em nome da cidadania e do Estado laico continua. O ParouTudo, com base em conversas com deputados e com análise de notícias, lista agora as quatro principais formas de inviabilizar a presidência do pastor homofóbico e racista Marco Feliciano (PSC-SP) na Comissão de Direitos Humanos (CDH).
Pressão para a renúncia – A presença de movimentos sociais nas reuniões de eleição, os atos em várias cidades no sábado 9, os artigos na imprensa, carta de outros religiosos e até o desabafo de Xuxa mostram a Feliciano que o caminho dele na comissão será bem pedregoso e que com a opinião pública ele não conta. Até deputados já cogitam essa saída para não haver mais desgaste à imagem da Câmara. O PSC também pode começar a avaliar que não compensa a compra desta briga.
O cargo também lhe deixa em foco. Depois de sua posse, a imprensa começou a investigar sua vida e o processo que sofre de estelionato, por exemplo, veio à tona. Isso sem falar no vídeo em que o pastor mostra uma obsessão tão grande por dinheiro que chega a pedir a senha do cartão de crédito a um fiel.
Criação de frente parlamentar de Direitos Humanos – Ele pode até continuar como presidente, mas terá seu poder esvaziado. Deputados do PT, PSB e PSol comprometidos com os direitos humanos, tais como Nilmário Miranda (PT-MG), Erika Kokay (PT-DF), Luiza Erundina (PSB-SP) e Jean Wyllys (Psol-RJ), terão reunião na terça-feira 12 para discutir a proposta de criar frente parlamentar de direitos humanos e comandar a pauta da área, anulando de certa forma o poder da CDH enquanto ela for presidida por Feliciano.
Destituição de Feliciano – O mesmo grupo parlamentar que estuda a criação da frente também lida com uma representação na Câmara dos Deputados contra Feliciano. A estratégia é cristalina e tem força: usar o regimento interno da casa, no qual um presidente de comissão deve ter afinidade com todos os valores-base que a fundamentam. Como um parlamentar racista e homofóbico pode se colocar como líder máximo dos direitos humanos?
Protestos a cada encontro da comissão – Dentre ativistas não é descartada mobilização permanente em Brasília para protestos a cada reunião da Comissão de Direitos Humanos. O desgaste seria grande para a casa legislativa e os trabalhos dos deputados evangélicos (maioria na comissão atual, sem os parlamentares que renunciaram) não teriam prosseguimento.

No Universidade Livre Feminista

Assessores de Feliciano recebem da Câmara sem dar expediente

do Brasil! Brasil! de Nogueira Junior
 
 
Cinco pastores da cúpula da Catedral do Avivamento, igreja fundada pelo deputado do PSC, ocupam cargos parlamentares há dois anos, com salários que chegam a R$ 7 mil
 
 
Alvo de protestos pelo Brasil todo por seus comentários homofóbicos, o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) emprega no gabinete cinco pastores de sua igreja evangélica que recebem salários da Câmara sem dar expediente em Brasília nem em seu escritório político em Orlândia, no interior de São Paulo.
 
Segundo informações da Folha, a cúpula da Catedral do Avivamento, igreja fundada pelo deputado, ocupa cargos de assessoria parlamentar há dois anos, com salários que chegam a R$ 7 mil.
Os funcionários são os pastores Rafael Octávio, Joelson Tenório, André Luis de Oliveira, Roseli Octávio e Wellington de Oliveira. Eles dirigem a igreja nas cidades de Franca, Ribeirão Preto, São Joaquim da Barra e Orlândia, todas no interior paulista.
 
O PSC se reuniu ontem para rediscutir a presença do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara, mas terminou por reafirmar a indicação e manter o polêmico pastor na posição. Na saída do encontro, Feliciano diz que não irá renunciar, porque tem o apoio de sua legenda. “Vou fazer um pronunciamento amanhã (quarta) na comissão. Teremos uma pauta bem produtiva. Meu partido decidiu que fico e continuarei na presidência da comissão. Estou tranquilo. Sou um homem sereno”, disse Feliciano.”

Marta Suplicy se diz ‘indignada’ com eleição de Feliciano para Comissão de Direitos Humanos

 
 

A ministra falou no “retrocesso” que seria provocado pela eleição do deputado, que causou polêmica com comentários sobre a população negra e os homossexuais no Twitter

Marta SuplicyA ministra da Cultura Marta Suplicy disse ter ficado “indignada” com a eleição do pastor Marco Antônio Feliciano (PSC – SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara (CDHM), na semana passada.

Em uma conferência sobre “soft power” no Centro Brasileiro Britânico em São Paulo, a ministra falou no “retrocesso” que seria provocado pela eleição do deputado, que causou polêmica com comentários sobre a população negra e os homossexuais no Twitter.

“Fiquei indignada porque nós caminhamos para um retrocesso muito grande nos direitos humanos quando uma pessoa com esse histórico de falas contra os direitos humanos é eleita para presidir uma comissão desse nível de importância para a Câmara e para o Brasil”, afirmou Marta.

Feliciano afirmou à BBC Brasil por email esperar que a ministra conheça mais sua vida e sua carreira. “Tenho o maior respeito pela Ministra Marta Suplicy, uma mulher com uma biografia impecável a favor dos menos favorecidos, e só espero que ela se quiser conheça minha vida ministerial dentro e fora da Igreja com milhares de pessoas ouvindo a Palavra de Deus que cura feridas da alma através de minhas mensagens”, afirmou.

“Aprendi no Evangelho de Cristo que ao ser esbofeteado ofereça a outra face”, disse.

Porém, em 2011, Feciliano chegou a escrever em sua conta de Twitter: “a podridão dos sentimentos dos homoafetivos levam ao ódio, ao crime, à rejeição”. Afirmou ainda que “africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé”.

Classificado como “racista” e “homofóbico” por movimentos sociais, o pastor afirmou ter sido mal interpretado e fala em perseguição e preconceito por ser pastor evangélico.

Em entrevista essa semana, o deputado disse que “não se pode medir um homem com 140 caracteres de Twitter” e afirmou que “nunca praticou violência contra quem quer que seja”.

‘Mancha para o Congresso’
É uma mancha para o Congresso a eleição de alguém com esse perfil para essa posição”, disse a ministra da Cultura, conhecida pela defesa dos direitos LGBT.

“Quanto mais ele se explica, mais agride às comunidades, mostrando o quão distante ele está da compreensão do que é presidir uma comissão dessa importância.”

Na segunda-feira, uma carta aberta assinada por lideranças evangélicas pediu a escolha de um novo parlamentar que possa presidir “a CDHM com a isenção esperada”.

A carta é assinada por líderes religiosos de igrejas como a Presbiteriana, a Batista e a Assembleia de Deus, da qual Marco Feliciano faz parte.

O pastor foi eleito por 11 votos na CDHM, um a mais do que o necessário para ser eleito. A comissão é formada por 18 parlamentares, mas somente 12 estavam presentes na votação. Momentos antes, deputados do PT e do Psol deixaram a sessão em protesto.

O partido de Feliciano conseguiu maior representatividade na CDHM depois que deputados do PMDB, do PSDB e do PP cederam cinco vagas no grupo a parlamentares do PSC. De acordo com a Agência Brasil, parlamentares ligados à defesa dos direitos humanos buscam meios de anular a eleição.

Segundo a deputada Erika Kokay (PT-DF), a concessão de vagas deixou o PMDB, o PSDB e o PP sem representação, o que “fere o princípio da proporcionalidade e a vontade do povo ao eleger seus representantes”.

No último fim de semana, manifestantes realizaram protestos em diversas capitais do país em protesto contra a eleição de Feliciano.

fonte: Terra

Mãe pela igualdade: Todos contra a permanência de Marcos Feliciano na Presidência da CDHM

do MARIA DA PENHA NELES de Rosangela Basso
 
 
Mãe pela igualdade: Todos contra a permanência de Marcos Feliciano na Presidência da CDHM

Mãe pela igualdade

Meu filho, André Giorgi, na luta contra o preconceito e a personificação dele: Marco Feliciano
Eu vou escrever enquanto mãe, enquanto cidadã brasileira, enquanto ser humano. Na semana em que a SBG (Sociedade Brasileira de Genética) publica nota endossando nosso Eli Vieira (geneticista ) e desconstruindo por completo Silas Malafaia, me pergunto: Quantos entenderam o que isso significa? Quantos viram a notícia? Até quando a justiça e a verdade vão ser reféns da falta de educação do povo?
Eu vou dizer como é a sociedade em que eu gostaria de viver. Apesar, do que querem fazer crer os fundamentalistas, eu tenho uma família. Eu tenho um filho gay, muito espiritualizado, com muita influência das filosofias orientais, mas agnóstico. O companheiro dele é agnóstico, mas acredita no cristianismo. Meu marido é católico praticante. Minha filha e meu genro são EVANGÉLICOS. Eu, como ainda não sou obrigada a ter uma religião, acredito que há uma Deusa que habita em mim e em você também e amo e respeito Nossa Senhora, mãe como eu, que viu o sofrimento do filho, mas me declaro agnóstica.
SOMOS SEIS! E assim, nós seis seguimos a vida, nos amando, respeitando nossas diferenças, nos protegendo , entendendo limites, perdoando erros, brigando muito, rindo muito, comemorando juntos nossas conquistas, apoiando uns aos outros nas dificuldades, fazendo juntos as refeições sempre que essa vida atribulada nos permite, nos ajudando naquelas pequenas coisas corriqueiras, uma carona, uma passada no supermercado, uma adiantada no jantar, uma passada no banco .
SIM, eu tenho uma família, Marco Feliciano, família, unida por amor, respeito, dificuldades, honestidade e valores. Minha família é exatamente como a sociedade em que eu gostaria de viver. E minha família está em protesto contra você e seus desmandos. E por isso ontem, fomos somar nossa indignação com aquela outra família bonita, daquelas duas moças que tinham um filhinho, Pedro de três anos. E lá ia o Pedro pela passeata com seu tamborzinho azul, batendo com a colher de pau todo feliz com as mães. E aquela outra família, que eu pedi, pro meu filho fotografar, já na dispersão na Praça Roosevelt, mas que infelizmente, não deu tempo. Estavam lindos, o pai de rosa, a mãe de azul e a filhinha de arco íris. Era uma família HÉTERO, sem medo de que a filhinha fosse ensinada a ser gay, e sem medo que a filha ou eles fossem contagiados pela homossexualidade, pois são imunes, VACINADOS PELA INSTRUÇÃO. E lá estavam eles, somando suas vozes a da minha família! E tinha a moça lésbica com seu gatinho…uma família, e porque não ? A moça trans, linda, que ia conversando animada com a irmã. E tinha também aquela familía negra enorme, toda espremida na sacada daquele prédio ocupado. Com suas panelas e colheres substituindo os tambores ancestrais, que com seus sorrisos imensos e alegria explícita, fizeram muito barulho recepcionando nossa passeata que ia ao som de “SARAVÁ SARAVÁ, FELICIANO FORA JÁ!”
Que família linda formavam aqueles negros! Pais amorosos e conscientes levavam a filha portadora de deficiência, empurrando sua cadeira de rodas, debaixo daquele sol senegalês. Nem sabíamos de onde vinha mais calor, se do céu ou do asfalto fervendo, mas foram corajosos, até o fim. Tinham muitos idosos, avós visionários, que com a experiência dos que já muito viram e muito viveram, lá estavam representando suas famílias, em defesa dos netos. E quando passamos por aquela escola pública, muitas crianças nos aplaudiram felizes!!! Uma delas pulava com a máscara do Anonymous, e eu rezava para que essa escola fosse realmente instrumento para que ela continuasse usando a máscara, até o dia em que possamos todos tirar todas as máscaras.
No meio daquele mar de bandeiras e guarda chuvas coloridos e muitos cartazes, um moço evangélico, me chamou a atenção com o seu: “O SENHOR É MEU PASTOR E ELE SABE QUE SOU GAY.” O rapaz que ficou ao meu lado em um dos momentos da passeata, exibia orgulhoso, seus colares do candomblé de mãos dadas com a namorada bonita, prontos para formar uma nova FAMÍLIA abençoada por aquilo em que acreditam. E tinha muita gente e estava tudo colorido e diverso como o mundo deveria ser.
É claro que nem tudo foi lindo, porque ver, os oportunistas partidários com suas bandeiras inócuas, tentando pegar carona na nossa mobilização por uma causa humana e séria, me dá muita revolta. Mas eram muito poucos, e não conseguiram abafar o nosso verdadeiro intuito. E sabemos que essas bandeiras, seja essa ou aquela, não iriam, hesitar nem por um segundo ali na frente, em usar direitos de seres humanos como moeda de troca pela governabilidade.
Não poderia ter faltado um momento de truculência, quando uma pessoa impaciente jogou o carro em cima da passeata atropelando um dos nossos maiores militantes… o anjo da guarda das MÃES PELA IGUALDADE, Luís Arruda, que ficou machucado, sangrando, mas que não desanimou. Porque nós não desanimamos frente à truculência, a ignorância e a agressão…Marco Feliciano, nós estamos nos movimentando por nossas famílias, pelo nosso direito sagrado de ser, de ir, de vir, de pensar, de amar, de crer, de escolher e de viver no nosso país em paz. Nossa força vem da nossa verdade. Nós não somos absurdos nem aberrações, somos seres humanos, somos famílias. Absurdo é Marco Feliciano, você ir à imprensa, dizer que suas petições têm muito mais adesões que as nossas, e conclamar o seu rebanho para uma cruzada santa contra os gays, as vésperas de assumir a CDHM, já que estamos protestando, exatamente por sermos a minoria que você quer calar. Palavra essa que inclusive está no nome da comissão que você ganhou de presente. CDHM. Comissão de direitos humanos e minorias. Ou nem isso você percebeu? De que forma uma minoria pode ser maior que uma maioria?
Me explique sua lógica, porque ela me foge completamente. Acho uma excelente ideia você focar nos imigrantes presos no exterior, porque caso você consiga assumir, você vai ter muito trabalho, em vista da debandada que vai haver. Mas eu tenho fé, quando vejo até os evangélicos do bem se levantando a nosso favor, que isso não vai acontecer, e que AMANHÃ VAI SER OUTRO DIA…APESAR DE VOCÊ!