Amorzinho de infância, a última vez que se viram foi antes da faculdade. Ele foi embora fazer arquitetura e viver de fotografia, ela ficou aqui pra fazer medicina, e aí a vida passou.
Diga-se que eram inseparáveis desde sempre: se conheceram no primeiro dia da escolinha, há tanto tempo que parecia nem ter acontecido, e viveram juntos desde então. Primeiro amigo, primeiro amor, primeiro adeus, primeiro coração partido, a história deles era uma só e sempre foram dois, até que o mundo veio e disse não.
Sonhos, escolhas, caminhos, fizeram as deles e ficou tudo bem. Choraram, verdade, mas dor de amor que já foi sabe esconder. Não passa, mas não incomoda: fica cicatriz pra lembrança de que aconteceu, e carinho é remédio pra saudade.
Quando o coração machucava , lembravam com ternura da vida vivida pra solidão desapertar, seguiram em frente e aí a vida passou. Pra se reencontrarem foram onze…
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